Que valores vamos deixar as nossas crianças


Faz tanto tempo que não venho aqui escrever assim um pensamento aleatório ou uma reflexão né gente?
E vocês sabem que eu adoro fazer isso. 

Nem dá pra acreditar que estou de férias, porque diante de tantas coisas que tenho feito esses dias, confesso que a mente está descansando, mas o corpo e si, não muito.

Bom, mas vim falar aqui de um assunto que surgiu numa conversa com amigos, sobre educação infantil.


É bem engraçado como a gente as vezes se pega fazendo coisas e levando adiante, tudo que a sociedade vai impondo em nossa vida sem ao menos parar pra pensar qual o sentido de determinada coisa que estamos fazendo.

Eu mesma fui assim  por tanto tempo. Até ter que buscar internamente porque parecia não me encaixar num padrão modelo. Por isso comecei a procurar respostas e sair fora do "tem que ser assim".

Sabemos que a educação é uma das coisas mais importantes que os pais podem dar a um filho. Então na busca de melhores escolas e de que nossos filhos sempre estejam no meio competitivo fazemos de tudo para que eles estudem nos melhores colégios e que tenham acesso desde pequenininhos aos melhores cursos e oportunidades da vida.

Como ainda não sou mãe, talvez eu não tenha mesmo como falar muito sobre o assunto, porque deve ser bem diferente estar de fora da situação. Mas até quando a gente para pra pensar se não estamos sobrecarregando as crianças com a ideia de que ele tem que fazer sempre o melhor e estar dentro de tudo quanto é coisa somente porque "é preciso"?

O mundo em si já é difícil demais para os adultos e eu até entendo que as crianças precisam passar por situações "difíceis" para não crescerem numa bolha e mais tarde não saberem encarar alguns nãos ou até perder.

Sempre falamos com  orgulho que nossos sobrinhos, filhos ou parentes são os melhores da sala de aula, ou já sabem melhores do que nós mexer no celular ou tablet ou falam coisas que ninguém ensinou a eles e como podem ser tão inteligentes?

O que paro pra pensar é o quanto enaltecemos dessa mesma forma, a criança que se compadece com o próximo, ou se preocupa sempre se o cãozinho que está na rua tem comida ou está com frio, ou ainda se é uma criança que gosta de dividir o brinquedo com os amigos ou se gosta de doar suas coisas.

Será que estamos ensinando mesmo os valores certos, ou apenas criando pessoas preocupadas consigo mesma em saber falar várias línguas e procurando uma forma de conseguir o primeiro lugar em alguma competição, seja no vestibular, na natação, ou em qualquer outro lugar.

Vejam bem, eu não sou contra nada disso, apenas estou tentando mostrar que existe um outro lado a ser ensinado as nossas crianças. E isso não é papel da escola, é papel nosso. Da família que convive no dia a dia. Quando pensamos num mundo melhor, a criança é a esperança certo?

É ela quem vai provavelmente mudar muitas coisas que hoje não nos agradam, mas isso vai depender daquilo que você planta dentro dela.
Se você quer mudar as coisas, tem que começar dentro da sua casa. Isso não quer dizer que não vai ensinar seu filho a se defender ou ser bom em alguma coisa, mas os valores que mais fazem falta hoje em dia é o sentimento de amor, perdão, cuidado, carinho, igualdade e principalmente felicidade.

Ensine seu filho a ser feliz! E o equilíbrio interno vai fazer com que ele sinta isso sem grandes esforços. Ensinar que existe um tempo para cada coisa, e que existe coisa mais importante que se matar de trabalhar para adquirir bens já é meio caminho andado. E ensiná-lo que apesar de isso tudo aqui ser uma selva, a gente não precisa usar o salve-se quem puder para sobreviver.

Ainda existem outros caminhos, que vão poupá-los do estress e da frustração por não conseguir determinada coisa que todos correm tanto atrás. Ensiná-los que a saúde física e mental é mais importante que a ambição. E que ele continua sendo amado e tem muito valor por ser único neste mundo.

Eu sou a favor de um mundo infantil com mais brincadeiras e menos forçação de barra. Sou a favor também de ensinar a criança a se preocupar com o próximo, porque assim ela será doce e não "gênio forte" como muitos gostam de frisar quando as vezes, o egoísmo passa dos limites e ela não aceita determinadas coisas.
Sou a favor sim do encantamento e da ingenuidade, porque essa fase nunca mais vai voltar, e que as responsabilidades sejam ensinadas de uma forma que não se tornem obsessão por perfeição, porque não existe nenhum ser "perfeito" em tudo que faz. 

Sou a favor da criança que é criança e que determinadas preocupações fique no mundo dos adultos que no tempo certo saberão a hora ideal de passar adiante a carga.

E você? O que pensa sobre isso?


Me conta nos comentários.

Bjus

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