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Logo de início este assunto pode parecer polêmico, pois onde existe a palavra "restrição", significa algum tipo de proibição.

Primeiramente quero deixar claro que vou expressar aqui a minha opinião sobre o assunto pela minha experiência no mundo da dieta há alguns anos.


Sempre, a todo momento vão surgir novas dietas, novas formas que as pessoas encontram na maioria dos casos para eliminar alguns quilos ou se manterem no peso atual.

As dietas servem para que as pessoas sigam algum tipo de plano alimentar e assim mantenham sua saúde e equilíbrio.
Como cada ser é um, os os indivíduos são extremamente diferentes, certas dietas para alguns são ótimas e para outros podem ser um total desastre.

O que devemos levar em consideração, é que os indivíduos de forma geral e bioquimicamente falando precisam dos 3 macronutrientes para o funcionamento adequado do organismo, ou seja, precisamos de carboidratos, proteína e gorduras (lipídeos). É fato que a junção dos 3 é que nos fornece energia, substratos para renovação e crescimento muscular, células e ossos e regulam nossos hormônios.

Quando vamos à um nutricionista, ele planeja a quantidade que devemos ingerir de cada um desses e também das vitaminas, de acordo com o nosso tipo físico, rotina de vida baseado no trabalho que executamos, atividade física, enfim, nosso gasto calórico.

Em determinados casos, na entrevista com o nutricionista, ele pode perceber a necessidade do aumento ou a diminuição de determinado nutriente ou cortar algum tipo de alimento do nosso cardápio para melhorar qualquer irregularidade que esteja ocorrendo. Ou ainda de acordo com os objetivos do paciente, seja para emagrecer, ganhar massa magra, melhorar algum tipo de alergia, pele, ou qualquer que seja a queixa da pessoa no momento.

Por isso, repito e insisto que dieta é algo muito particular. A nutrição funcional, que leva muito em consideração a individualidade bioquímica de cada um, é bastante procurada por pessoas pra melhorar a qualidade de vida e não só o cálculo de gasto calórico e ingestão alimentar.

Se de acordo com as queixas ou objetivos apresentados for solicitado a retirada do glúten, lactose, a diminuição de carboidratos, ou aumento do consumo de gorduras e a pessoa se sentir bem com isso e seus exames sempre estiverem equilibrados, aí sim sou a favor de algum tipo de restrição.

Mas não sou a favor de modismos, de simplesmente cortar algum tipo de alimento do cardápio porque a artista que aparece na TV fez isso e secou 15 kg.
Primeiramente porque ela realmente pode ter feito algum tipo de dieta restritiva, mas aquilo além de ter sido acompanhado por um profissional, provavelmente foi um plano alimentar que não deve durar para sempre.

Temos que levar em consideração que o objetivo daquela pessoa naquele momento era de eliminar os 15 quilos, mas ninguém pode viver de determinada restrição para o resto da vida, exceto alérgicos. Porque até os intolerantes podem de vez em quando ingerir o alimento que não lhe cai muito bem sem maiores problemas.
Um certo inchaço na barriga não é um fator determinante para a pessoa abolir completamente um alimento do cardápio, mas sim evitá-lo e viver bem com essa alternativa mas sem bitolações de restrição total.

As dietas mais restritivas estão aí para nos dar uma mãozinha, mas ao meu ver são uma armadilha para pessoas que podem se tornar escravas disso e no futuro por conta de alguma restrição exagerada desenvolverem algum tipo de problema,  e que muitas vezes só aparecem na velhice. Um exemplo nato disso, são pessoas que praticamente aboliram carboidratos ao longo da vida e viveram a base de proteínas sem ao menos ter um atividade física tão intensa que justificasse o consumo alto deste nutriente. A proteína em excesso, além de poder gerar problemas renais e fazer o ácido úrico se depositar nas articulações e ao longo dos anos nos trazer uma doença chamada gota úrica, que quem tem não deseja pra ninguém tamanha dor.

Isso foi apenas um exemplo, que serve para alertar as pessoas de que nem sempre tudo que fazemos em nome da vaidade, apesar de no momento não nos fazer mal, pode não ser a melhor escolha para o futuro.
Se sentir bem hoje, não quer dizer saúde e sucesso no fim da vida. E se existe ainda gente que não está nem aí com o futuro, porque não sabe se estará aqui para ver, eu ainda sou da opinião de que prefiro não pagar para ver.

A boa e velha reeducação alimentar, onde não se restringe, mas se controla determinados grupos alimentares, sem bitolações é ainda a mais indicada para levarmos como "dieta pra vida inteira".
Acho que é a única que não vai te causar nenhuma neura, e que tem mais chances de dar certo como algo natural e saudável para seguir.
Se ainda assim, em algum momento da vida acharmos que devemos melhorar nossos hábitos, e eu não estou falando de restrição de porcarias como refrigerantes e doces cheios de conservantes, que isso é a base de qualquer dieta, seja ela restritiva ou não. Estou falando de mudanças mais radicais mesmo, de retirada ou aumento de algum macronutriente (carboidratos, proteínas e lipídeos), isso deve ser acompanhado por um profissional que estudou alguns anos e compreende melhor da funcionalidade disso tudo, principalmente a longo prazo.

Cada um pode saber o que é melhor pra si, mas por vivência neste meio há um tempo, e também por já ter tentado algumas dietas "da moda", eu afirmo que nenhuma dessas vai te trazer o sucesso para a vida inteira.
A culpa por comer algo "proibido" ou por não resistir algo é menos saudável do que poder equilibrar os alimentos com a vida social e as coisas que vivem ao nosso redor.

Viva o equilíbrio!

Saúde e sucesso sempre pra nós!

bjus