O minimalismo me pegou de vez
Pois é, eu sempre fui uma pessoa um pouco organizada (digo
pouco porque não era extremamente), e nunca gostei de ver coisas espalhadas
pela casa. Saía enfiando tudo dentro dos armários e gavetas para me sentir
melhor.
Acho que herdei um pouco isso da minha mãe que além de tudo,
tem uma leve fissura por limpeza, e eu que sempre reclamei da forma como ela
fazia isso na casa dela, trouxe muito disso tudo pra minha.
Primeiro de tudo, eu sempre morei em casa, mas ao me ver num
apartamento de 62m², tive que aprender a otimizar espaços e doar muita roupa e
sapato todas as vezes que uma peça entrava.
O fato é que mesmo fazendo esse trabalho ao menos 4 vezes ao
ano, muita coisa continuava lá e o pior, sem uso.
Todas as vezes que eu arrumava o guarda roupa, ia embora no
mínimo 3 sacolas grandes de coisas, mas mesmo assim eu continuava achando que
ainda tinha muita coisa ali. Queria ver o espaço mais aberto, até pra poder
escolher melhor as coisas que tinham e também porque a minha meta era ver a cor
do fundo do guarda roupas (parece louco isso, mas sonho em ver) rs.
Com a decoração da minha casa não era muito diferente, as
paredes todas brancas, exceto pela parede atrás da TV que é um verde clarinho,
e uma bege em relevo na sala de jantar, que já foi herdada dos antigos donos.
Eu não mexia muito na cor da casa, porque apesar de achar bonito e alegre eu
tinha medo de enjoar, e gosto de claridade, de luz, de tons pastéis.
Acho meio claustrofóbico um ambiente com muitos objetos
grandes e lustres enormes e muitos quadros e mesinhas pra bater as canelas.
Eu achava que não tinha mesinha de centro pelo meu espaço em
casa, mas agora eu sei que é porque eu realmente gosto de espaço e prefiro
menos, a mais.
E quando isso começou a entrar em outras áreas da minha
vida, parei pra pensar porque essa necessidade estava tão aflorada em mim.
Minha mochila de sair todos os dias com roupa de academia, chinelos para tomar
banho, necessárie com sabonete para o corpo, para o rosto, perfume, cadernos
(sim as vezes mais de um), maquiagem, sapato, além de estar detonando as minhas
costas, percebi que poderia reduzir tudo aquilo e me livrar de coisas. Um
sabonete basta para tomar banho na academia, o de rosto eu uso só em casa. Um
caderno pequeno para todas as matérias basta, aquilo é só anotação, e em casa
eu poderia passar para um caderno maior, e assim eu ainda estaria estudando.
O sapato na mochila, totalmente desnecessário, deixo dois
pares na gaveta do trabalho e ando o tempo todo de tênis. Eu não preciso mesmo
carregar um sapato diferente todos os dias.
A maquiagem, bom essa foi um caso a parte. Durante muito
tempo eu me maquiava até no metrô (quando conseguia sentar), ou saia de casa
atrasada para não ir de cara lavada. E os brincos, bijous, tenho caixinhas cheias
deles, mas sempre comprava uma coisa nova e usava até enjoar e depois ficava lá
encostado até eu comprar mais.
Comecei a deixar pra me maquiar no trabalho,
assim eu não saio atrasada de casa, e uso o básico, protetor solar, corretivo e
rímel, e as vezes um lápis. Batom e blush ou apenas um protetor labial. Comprei
os menores possíveis e também não carrego mais isso pra cima e pra baixo, deixo
lá, e faço essa maquiagem em 4 minutos. Depois da academia não passo de novo,
dali vou pra faculdade (de cara lavada sim) e depois para casa. Enfim,
simplifiquei as coisas. E nos dias que não tô afim, não faço maquiagem nem no
trabalho e passo o dia todo coma cara que Deus me deu. E no início, as vezes
porque não deu tempo, ou porque não tava afim mesmo, e eu ficava achando
estranho e me sentindo feia, agora, nem acho mais.
Na minha cozinha nunca foi diferente, receita boa pra mim é
a que fica pronta logo. Eu adoro cozinhar, mas não gosto de ficar horas lá na
cozinha. Faço coisas de nível fácil e é por isso que nem preciso ter muitos
equipamentos.
Quando casei, ganhei muita coisa graças a Deus, e muitas
delas nunca usei, são travessas grandes e que só serviriam para uma família
grande. Lá em casa, é difícil receber muita gente para almoços, então tem muitas
coisas guardadas. Algumas eu já doei, mas ainda tem muitas coisas lá que tô
louca pra mexer.
Essa ideia de reduzir as coisas não deixa mais
o meu pensamento. E sabe de uma coisa? Eu estou tão feliz assim! Quando consigo
doar mais alguma coisa e saber que tem um espaço sobrando, sinto como se
tivesse me desfazendo de algo que estava me atrapalhando.
A simplicidade está abrindo muitos espaços na minha vida,
coisas que estavam me impedindo de ser realmente o que sou, e agora estão tendo
utilidades de verdade para outras pessoas.
Vou voltar aqui com post pra vocês enumerando as pequenas
atitudes que tomei em casa e que estão
abrindo espaço para a felicidade entrar! J
bjus
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