Praticando o desapego


Não se preocupe que isso não é um publipost daquela empresa de anúncios, rs.

Quero falar aqui de desapego que nos ajuda a viver melhor. Existe um conceito sobre minimalismo por aí e ele vem se aproximando de mim aos poucos, eu fui entendendo, estudando e agora finalmente tentando praticar.
No dicionário Minimalismo significa: Sistema, doutrina ou tendência que defende a redução ao mínimo do que compõe algo.

Por isso, na decoração, as casas minimalistas, são aquelas que tem uma tendência mais clean, com poucos móveis e mais atenção aos detalhes.

Pessoas minimalistas também tem essa filosofia, desapegam daquilo que a sociedade impõe em excesso, e aprendem a ser feliz com mais simplicidade, e se importando mais com detalhes.

Ser simples não está ligado a não ter dinheiro. A sociedade em geral precisa do bendito para manter suas necessidades básicas, mas o excesso de coisas e consumismo é que atrapalha nossa vida e as vezes nos leva a não saber mais quem somos em função de tudo que temos que “carregar”.

Minimalista é um estilo de vida que as pessoas escolhem para ser mais feliz. Ter uma vida com menos objetos, menos coisas para cuidar e se preocupar nos faz entender o que somos em essência, e não o que aparentamos ser pelas nossas roupas ou qualquer estereótipo que criaram a nosso respeito pelos nossos feitos, profissões, status ou conta bancária.

Como tudo nessa vida, é possível de ser adaptável para a nossa realidade, eu vejo que até quando conversamos isso com as pessoas, algumas reações são esperadas, como por exemplo o seguinte questionamento: “como falar de simplicidade tendo um carro confortável e uma TV de LED na sala?”. E é neste aspecto que eu queria chegar.

Bem, para pessoas de família que tiveram que trabalhar duro para conquistar certas coisas, relacionadas ao conforto, isso pode ser sim considerado luxo, mas acho que tudo depende da necessidade.
Ter um carro confortável não quer dizer o carro do ano, e nem que ele foi adquirido em prestações a perder de vista, e que a pessoa tem que deixar de fazer outras coisas para pagar o carnê deste bem.

Já pensou que a pessoa pode ter feito economias em outras coisas durante um tempo, e guardou uma quantia considerável para poder adquirir um bem que lhe traga conforto e segurança para fazer aquelas pequenas viagens de final de semana para se refugiar da cidade, do consumismo, do barulho?
E se a TV que ele tem na sala também serve para ele ficar no conforto do seu lar, vendo seus filmes e séries favoritas e também não se juntar a maioria que vive em shoppings, teatros e lugares badalados onde todos estão consumindo muito?

Então, certas coisas que aos olhos de alguns pode parecer “desnecessário”, para outros são necessidades justificáveis a tal consumismo.

Ter um armário lotado de roupas, sapatos, bolsas e maquiagens é que na minha vida não cabe mais. Quanto mais eu dôo, me desfaço, deixo de comprar algo desnecessário, mais feliz eu me sinto, porque ao não precisar de determinadas coisas, a gente também não sofre por não tê-las. As necessidades primeiramente são criadas na nossa cabeça, e depois traduzidas em ansiedade da busca por determinado objeto. E quando finalmente compramos aquilo, nem ao menos desfrutamos direito dele, e já passamos a procurar outro objeto de desejo. E vira um saco sem fundo, sem contar as dívidas que vamos acumulando em cartões de crédito e das coisas que temos que deixar de fazer, como por exemplo, uma viagem à um lugar que sonhamos por nunca conseguirmos nos livrar das dívidas do consumismo excessivo.

Por isso eu decidi que essa filosofia é a que quero para a minha vida, e se uns pensarem que escolhi isso porque desisti de lutar pelas coisas que quero, engano seu, eu resolvi lutar mesmo pela minha verdade e felicidade, e isso inclui desfazer daquilo que tem pouca importância e que não me preenche de verdade.

Mil vezes eu prefiro estar num lugar que sonho em conhecer do que me entupir de objetos que não tem valores emocionais e que cada vez mais me afastam da pessoa que sou de verdade.

E assim a felicidade vai surgindo cada vez que descubro que não preciso de muito, me vestindo de mim mesma!


Um bju


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